Ao mesmo tempo em que somos interminavelmente irrelevantes em relação ao universo ao nosso redor, somos exaltados por nós mesmos à condição de espécie com a vida mais relevante, o que é perfeitamente compreensível, pois somos a espécie superior e por mais que a morte de um animal objetivamente falando tenha o mesmo valor que uma morte humana, a segunda hipótese é muito mais relevante a nós. A relevância de uma vida para outra pessoa é uma questão de proximidade, quanto mais próximo se é dessa pessoa que faleceu, maior será a maneira como isso lhe abalará, por isso que ainda escutamos coisas do tipo: ''morrem dez homens em confronto...'', essa falta de importância dada àquelas vidas é resultado da falta de proximidade de quem está dizendo e ouvindo a notícia. toda essa contradição me fez chegar a um impasse, o que seria o mais certo: tender para a irrelevância ou a relevância da vida? pois bem, minha conclusão foi que o ideal seria a valorização da vida, até porque ela é tudo que temos, porém o ''mais certo'' (ou mais sensato) seria a tender para a irrelevância, e sendo assim, pela primeira vez acho um resultado bom gerado pela falta de realismo de nossa gloriosa espécie,
viva a nossa burrice e viva a supervalorização de nossas vidas!
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