Ao mesmo tempo em que somos interminavelmente irrelevantes em relação ao universo ao nosso redor, somos exaltados por nós mesmos à condição de espécie com a vida mais relevante, o que é perfeitamente compreensível, pois somos a espécie superior e por mais que a morte de um animal objetivamente falando tenha o mesmo valor que uma morte humana, a segunda hipótese é muito mais relevante a nós. A relevância de uma vida para outra pessoa é uma questão de proximidade, quanto mais próximo se é dessa pessoa que faleceu, maior será a maneira como isso lhe abalará, por isso que ainda escutamos coisas do tipo: ''morrem dez homens em confronto...'', essa falta de importância dada àquelas vidas é resultado da falta de proximidade de quem está dizendo e ouvindo a notícia. toda essa contradição me fez chegar a um impasse, o que seria o mais certo: tender para a irrelevância ou a relevância da vida? pois bem, minha conclusão foi que o ideal seria a valorização da vida, até porque ela é tudo que temos, porém o ''mais certo'' (ou mais sensato) seria a tender para a irrelevância, e sendo assim, pela primeira vez acho um resultado bom gerado pela falta de realismo de nossa gloriosa espécie,
viva a nossa burrice e viva a supervalorização de nossas vidas!
aqui serão postados meus pensamentos,meus dilemas,ou qualquer coisa que me venha a mente,o objetivo desse blog é descarregar tudo que absorvo e tudo que penso,não estarei escrevendo para algum público,só quero esse espaço para expor meus''delírios conscientes''.
sábado, 27 de novembro de 2010
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
o que é visto ao olhar no seu espelho?
você já fez isso? olhou no seu próprio espelho? e não estou falando do espelho feito de vidro que há na sua casa, falo de um espelho que todos tem, mas nem todos usam, espelho esse, que prefiro chamá-lo de consciência (eis o motivo do pouco uso desse tal espelho).Mas o que está em questão aqui é outra pergunta: qual é a visão que é tida ao olhar para você mesmo? por mais que possa ser doloroso pra quem não está acostumado, considero uma atitude que deveria ser tomada por todos, e é o que vou fazer agora, mostrando-os o que vejo no meu espelho: alguém que tem tudo o que quer materialmente, mas o instinto humano de sempre querer mais não permite me contentar, por isso que há o meu outro lado, o solitário(por mais que seja sempre rodeado de pessoas) um lado que sente a falta de um algo a mais, a falta de algo que eu realmente me entretenha, que não seja mais uma valvula de escape futil para o tédio, e o mais angustiante é a incerteza se vou encontrar isso ou não, mas acredito que sim, nesse sentido eu sou otimista. Acredito na naturalidade da ocorrência dos fatos na vida humana, a vida de todos nós é dividida em fases, que intercalam em bons e maus momentos, por isso meu otimismo.
agora que já os contei como me vejo, repasso a pergunta a vocês: o que é visto ao olhar no seu espelho?
agora que já os contei como me vejo, repasso a pergunta a vocês: o que é visto ao olhar no seu espelho?
domingo, 21 de novembro de 2010
não sou poeta
não sou poeta, o lirismo passa longe de meu estilo de escrita, quem acompanha meu blog já percebeu isso, a crueza está presente em todos os meus textos, até por eu ser assim, não vejo necessidade em prolongar o desnecessário, aliás o necessário talvez já seja demais, a simplicidade é a maior forma de demonstrar a genialidade humana (não que eu seja gênio), mas é bom seguir os bons exemplos.Por mais que admire o lírico, as poesias, a tal magia literária, sei que isso não entra no meu mundo, a crueza é inerente a mim, e acho que um pouco de frieza não faria mal a ninguém, a empolgação nos deixa idiota, o que é necessário e ao mesmo tempo desprezível. Mas o que está em questão nesse post é esclarecer a posição do meu blog: não é para deixar ninguém extasiado com belas histórias, coloco aqui o apenas o que considero importante que as pessoas saibam(exceto meus devaneios, que são um caso a parte), o que também pode ser chamado de verdades, e por coincidência ou não, a verdade parece ser sempre crua. Por isso acho impossível escrever o que escrevo sem crueza, se alguém souber me ensine por favor, enquanto isso continuo sendo eu mesmo, e assim termino esse post, esperando não escrever mais sobre mim, com tantos assuntos relevantes por ai, não faz sentido ficar escrevendo por algo sem relevância como esse simples amontoado de elementos químicos que eu sou.
sábado, 20 de novembro de 2010
suicídio: fraqueza ou coragem?
não, eu não penso em me suicidar, escrevo esse post devido a um desafio feito a mim para escrever sobre esse tema, e eis o que farei.Tenho uma opinião formada em relação ao suicídio, considero ele um ato egoísta, pelo fato de fazer outros sofrerem por você não ter aguentado o seu próprio sofrimento, e que demonstra fraqueza, e mesmo que muitos possam dizer que é preciso coragem para cometê-lo, isso é verdade apenas em partes já que é preciso coragem apenas para executar o ato, mas o suicídio em si é um ato covarde, pois você desiste da sua maior dádiva por causa de um sofrimento momentâneo, portanto não vejo como não relacionar suicídio com fraqueza. Apesar disso,não deixo de valorizar algumas pessoas que cometeram suicídio como kurt cobain, ian curtis, santos dumond, por terem sido geniais enquanto vivos, mas não suportaram o sofrimento que a vida os imprimiu, o que eu até entendo, mas continuo achando um ato egoísta e que demonstra toda a fraqueza humana, fraqueza essa, que infelizmente se manifesta ainda mais com as mentes mais brilhantes.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
a sua cura é a minha doença
enquanto você vive em torno de futilidades, essa futilidade me incomoda profundamente, apesar dela também fazer parte da minha vida; enquanto você goza de sua vida fechando os olhos para sua irrelevância, a irrelevância me angustia; enquanto algo te entretem, essa mesma coisa me entedia; enquanto você curte sua falsa felicidade, eu curto minha solidão verdadeira; e mesmo que eu use os mesmos antídotos que você para também me curar, eles acabam se tornando a minha doença.
sábado, 6 de novembro de 2010
arte da convivência social
''convivência social é uma arte, com certeza eu não sou um artista.''
Esta frase(que é de minha humilde autoria) retrata com perfeição minha situação quanto a convivencia social, apesar de conseguir me virar relativamente bem nos grupos de pessoas com quem convivo, a convivência social em si é muito complicada, não só para mim mas para a humanidade em geral, acho que na frase acima poderia trocar o ''eu não sou'' pelo ''nós não somos'', sem estar cometendo nenhum erro, pois por mais que hajam muitos que parecem especialistas nisso, também devem encontrar alguma dificuldade.Percebemos isso nos grandes grupos no qual você sabe que vai precisar conviver naquele ambiente com aquelas pessoas em um longo período, isso cria um ambiente todo peculiar sendo resultado das pessoas que nele habitam, tendo suas próprias ''regras'' informais, por mais que não haja regra nenhuma, e o que mais dificulta a convivência nesse contexto é que geralmente a maioria das pessoas do grupo não lhe é íntima, nisso se cria uma necessidade em todos de tentar agradar o máximo aos integrantes do grupo, para ter uma bela imagem entre eles, o que torna o ambiente repleto de situações artificiais e falsas, não que eu tenha algo contra as pessoas serem simpáticas, mas sorrisos demais e para todos é algo que me irrita, e tudo por um objetivo idiota e hipócrita, afinal de contas o que significa a opinião de pessoas que você mal conhece sobre você? aí podem responder '' ah, é a imagem social e blá, blá, blá..''.sinceramente, por mais que todos nós nos preocupamos com a imagem social, se pararmos para pensar seu significado é irrelevante(mais até do que nós mesmos), e essa nossa preocupação em demasia com isso é lastimável(me incluo quando falo isso também). Sábio seria aquele que não ligasse para essas coisas inúteis, ou seja, não há sábios na sociedade moderna
Esta frase(que é de minha humilde autoria) retrata com perfeição minha situação quanto a convivencia social, apesar de conseguir me virar relativamente bem nos grupos de pessoas com quem convivo, a convivência social em si é muito complicada, não só para mim mas para a humanidade em geral, acho que na frase acima poderia trocar o ''eu não sou'' pelo ''nós não somos'', sem estar cometendo nenhum erro, pois por mais que hajam muitos que parecem especialistas nisso, também devem encontrar alguma dificuldade.Percebemos isso nos grandes grupos no qual você sabe que vai precisar conviver naquele ambiente com aquelas pessoas em um longo período, isso cria um ambiente todo peculiar sendo resultado das pessoas que nele habitam, tendo suas próprias ''regras'' informais, por mais que não haja regra nenhuma, e o que mais dificulta a convivência nesse contexto é que geralmente a maioria das pessoas do grupo não lhe é íntima, nisso se cria uma necessidade em todos de tentar agradar o máximo aos integrantes do grupo, para ter uma bela imagem entre eles, o que torna o ambiente repleto de situações artificiais e falsas, não que eu tenha algo contra as pessoas serem simpáticas, mas sorrisos demais e para todos é algo que me irrita, e tudo por um objetivo idiota e hipócrita, afinal de contas o que significa a opinião de pessoas que você mal conhece sobre você? aí podem responder '' ah, é a imagem social e blá, blá, blá..''.sinceramente, por mais que todos nós nos preocupamos com a imagem social, se pararmos para pensar seu significado é irrelevante(mais até do que nós mesmos), e essa nossa preocupação em demasia com isso é lastimável(me incluo quando falo isso também). Sábio seria aquele que não ligasse para essas coisas inúteis, ou seja, não há sábios na sociedade moderna
preço pela racionalidade?
Pensem bem: o que é melhor, viver uma vida sem raciocínio, vivendo apenas instintivamente, como animais ou o nosso tipo de vida , com essa que é a maior dádiva da humanidade, a capacidade de raciocínio?
a primeira vista parece uma resposta fácil, eu sei, somos superiores e até no interior do maior dos pessimistas há um certo contentamento por ser humano. Mas se analisarmos bem, a vida irracional mesmo comparada com uma de um humano que teve uma boa vida, foi muito menos sofrida e muito menos insegura até pelo animal não ter esses conceitos que só nós sabemos, pois foram criados por nós.Na vida racional momentos ruins são inevitáveis, e quanto mais você pensa, maior é a sensação de ''vazio'' sentido. por isso lhes pergunto de novo: é melhor ter uma vida sem preocupações, puramente instintiva, ou uma cheia de preocupações porém racional e tudo que isso possibilita?
a primeira vista parece uma resposta fácil, eu sei, somos superiores e até no interior do maior dos pessimistas há um certo contentamento por ser humano. Mas se analisarmos bem, a vida irracional mesmo comparada com uma de um humano que teve uma boa vida, foi muito menos sofrida e muito menos insegura até pelo animal não ter esses conceitos que só nós sabemos, pois foram criados por nós.Na vida racional momentos ruins são inevitáveis, e quanto mais você pensa, maior é a sensação de ''vazio'' sentido. por isso lhes pergunto de novo: é melhor ter uma vida sem preocupações, puramente instintiva, ou uma cheia de preocupações porém racional e tudo que isso possibilita?
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
cansado de correr na direção contrária...
É com esse trecho da música ''o tempo não para'' do cazuza que começo meu post, por achar ele ideal para descrever o momentos que passo constantemente.Não, eu não vou mudar de opinião, mas ás vezes cança, por mais que eu saiba suportar, é complicado nadar contra a correnteza imposta pela sociedade, você é quase que obrigado a seguir um comportamento dado como ''comum'' de acordo com o grupo social que pertence, e se não o tem, é logo bombardeado por todas as contestações (por parte dos ''comuns'') que isso gera. fugir do padrão imposto te exclui e não precisa ser totalmente radical contra padrões para ser dado como diferente, eu por exemplo sigo alguns padrões, até pela necessidade que tenho de ter uma vida social,apenas me nego a seguir alguns deles e já sou dado como ''diferente'', fico imaginando como eram tratados socialmente genios da descrença como nietzsche e schopenhauer, com certeza eram vistos como insanos e talvez fossem mesmo, até pelo grande poder de enlouquecer dessa palavra que citara a pouco, que é a descrença. para mim já é possível sintir esse potencial com o pouco que tenho dela (em relação à pessoas como nietzsche), na dose que esses filósofos tinham, a loucura deveria ser inerente a eles.Para finalizar, por mais cansado que possa estar, não vou sucumbir à pressão por ser comum, ainda tenho esperanças nas pessoas admirarem o ''diferente'' ( o que prefiro chamar de ''mais sensato'' já que usar calças laranjas também é ser diferente).
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